Você merece brilhar!
- Adriana São Paulo
- 20 de ago. de 2023
- 3 min de leitura
Já que esse é o primeiro post desse blog, nada melhor do que lhe contar um pouquinho da minha história, de como cheguei até aqui.
Eu sou formada em Direito, já advoguei e ainda trabalho na área jurídica, como analista judiciária.
Mas, em 2018, me tornei Consultora de Imagem e Estilo. Uma profissão que entrou do nada na minha vida, que há 5 anos eu sequer sabia que existia, mas que hoje faz todo sentido pra mim e se encaixa perfeitamente nos meus aprendizados. E vou te contar o por quê.
Ela permite que eu ofereça ao mundo preciosas lições que a vida me ensinou e faz com que as minhas dores ganhem real significado.
Desde muito nova eu me preocupo com minha imagem. Ao contrário do que muitos pensam, não sou fanática por moda. Na verdade, o que sempre me interessou foi o tal do “estar bem vestida”, parecer “mais elegante”, “mais sofisticada”.
Mas isso não veio de uma mera afinidade ou de um jeito leonino de ser...foi necessidade mesmo!
Especialmente a partir da adolescência, eu senti na pele o que é “não pertencer” a determinado ambiente. Foi assim no colégio (de classe A, que tinha apenas uns 5 negros), foi assim na faculdade (acho que na minha turma, de 100 pessoas, também só tinha uns 7), e segue sendo assim no trabalho e na maior parte dos lugares em que circulo.
Hoje, isso tem menos peso na minha vida porque muitos espaços já foram conquistados, mas, para aquela menina de 14 anos, não pertencer era um desafio gigante.
Autoaceitação é artigo de luxo quando a sociedade não valida as suas características físicas como boas, nobres, confiáveis, bonitas...e por aí vai, especialmente quando tão nova.
E assim eu fui “aprendendo” desde aquela época que, se eu não fizesse alisamento, comentariam da raiz mais crespa do meu cabelo; se eu não andasse arrumada pra ir ao shopping, as vendedoras da loja me olhariam torto, por duvidar do meu poder de compra; se eu não estivesse bem vestida e com uma escova no cabelo, as chances de eu ser considerada bonita e atraente se reduziam em 70%; se eu usasse roupa curta aos 20 anos, poderia ser considerado vulgar (mas minha coleguinha branca de cabelo liso podia tranquilamente...afinal, nasceu com cara de princesa né?!)...etc etc etc
O que eu aprendi?!
Primeiro, que o mundo é bem injusto.
Segundo, que todo desafio te conduz, te prepara, te lapida para sua missão de vida.
Terceiro, que amor próprio é o presente maior que você pode se dar e deve ser o seu esteio na vida.
Para além disso, me descobri verdadeiramente sensível às fragilidades alheias, especialmente de mulheres que se sentem insuficientes, não pertencendo a determinados espaços ou com grandes desafios para consolidar sua autoestima.
É uma honra poder ajudá-las a se sentirem mais confortáveis de frente pro espelho e, quiçá, na própria pele.
Descobri também que existem várias formas de conciliarmos nossos mundos interno e externo.
Que é possível circular nos espaços que precisamos e desejamos, vestindo a nossa identidade, sem se sentir obrigada a se vestir de determinado jeito ou, pior ainda, mudar a sua estética.
Seja do jeito que te faz bem! E use sua imagem a favor da sua autoestima, use sua imagem pra mostrar pro mundo o seu potencial, porque você merece se sentir pertencendo a todos os lugares em que circular. Sua imagem abre portas, fato. E o mundo é seu!
E pra Dri de 14 anos eu mando um abraço bem apertado e uma gratidão enorme, porque sem as aflições dela eu não teria me tornado a mulher que sou hoje e de que tanto me orgulho.
Recadinho final: acolha e ame a sua história.
VOCÊ MERECE BRILHAR! Nunca duvide disso.
Se precisar de ajuda nessa trajetória, meus serviços e cursos estão à sua disposição.
Será um prazer te guiar e te acompanhar na sua história.
Com carinho, Dri

Dri, que texto lindo, real e forte. Parabéns pelo seu trabalho maravilhoso. Minha autoestima está mto melhor graças a vc!